CASA DAS GARAPAS

O terreno apresenta desnível de dez metros em direção aos fundos repleto de árvores nativas do cerrado. A premissa foi a preservação da vegetação local.

​

A residência é implantada na porção central do lote, com um acesso de pedestres em um deck de madeira suspenso sobre a mata nativa, ao nível da rua, além de uma rampa para veículos que conduz os moradores ao pavimento inferior da casa.

​

No pavimento inferior, foram dispostas as zonas de serviços da casa: a área de serviço e a despensa, a cozinha e a churrasqueira. As duas últimas integradas. A churrasqueira é a continuação espacial da varanda, ambas abertas para o fundo do lote, onde ficam a piscina, área de lazer da família.

​

O desencontro proposital entre o volume do pavimento inferior, mais aos fundos, e o superior, mais à frente, gerou a possibilidade de se caminhar por sobre a laje da sala, onde foi criado um jardim seco e um espaço de convívio junto às copas das árvores.

​

A relação com a natureza é bem presente: a antessala observa a Garapa principal; a sala de jantar se alinha ao sul com uma Copaíba; a cozinha vê duas Perobas; a sala de TV duas Garapas menores; e a sala de estar dá acesso à varanda e o gramado dos fundos.

​

O pavimento superior é um volume linear, transversal ao lote, de modo a se encaixar entre as árvores existentes. Nele concentra-se o núcleo íntimo da casa: três suítes orientadas para o nascente, com acesso a partir de um eixo lateral de circulação.